quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Deixa eu falar filha da p...

Lembrei agora cedo de uma música dos Raimundos. Que dizia:"Liberdade de expressão. Deixa eu falar filha ... Expressão!"
Achava na época essa música genial. Mas percebi que a geração que ouviu essa música não sacou muito bem de onde ela vinha.
O pessoal começou a confundir "liberdade de expressão" com "liberdade de imprensa"; "liberdade de expressão" com "liberdade de palavrão";"liberdade de expressão" com "libertinagem poética". E aí tudo virou uma grande zona, onde o "politicamente correto" é moda e não regra de conduta. Um pardieiro onde ganha mais quem tem o poder de repressão maior.
Nossa sociedade, a.k.a. sociedade da informação, é tão preocupada em vigiar o outro (ê BBB) que é incapaz de reparar nos seus próprios erros. Torna-se censora dos seus semelhantes. Reprimindo qualquer movimento diferenciado da rota comum. O ser humano é naturalmente discordante e dissonante. Não existe unanimidade e quando esta existe meia dúzia ficaram calados. Então porque não tentar compreender o outro e agir através dos princípios da ética.Fica mais fácil compreender e ninguém precisa ser sensor de ninguém. O direito de um começa justamente do lado do outro. Sinto um tempo de vigilância absoluta chegar. E não se trata aqui dos casos de opiniões inescrupulosas e sectaristas. Trate-se simplesmente do direito de discordar sem ofender o amigo do lado.

De resto: "DEIXA EU FALAR FILHO DA PUTA! EXPRESSÃO!"